Vários pais preferem não ter que pensar nisso novamente após o parto, mas a placenta, embalada com nutrientes e oxigênio, fundamental para o desenvolvimento do feto, está sendo cada vez mais comida por mães interessadas em combater a depressão pós-parto e aumentar a produção de leite materno e energia.
Apesar da polêmica, milhares de mulheres, incluindo as atrizes January Jones e Alicia Silverstone, garantem que são reais os benefícios à saúde, não comprovados pela medicina, em beber o suco preparado por especialistas ou tomá-las em pílulas.
No entanto, uma decisão do mês passado da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos da Europa ameaça a prática, já que sugere que a placenta é um “novo alimento”, que exige regulamentação.
“Comer placenta é uma tradição antiga, que continua em muitas culturas contemporâneas”, rebate Lynnea Shrief, especialista em placenta e a primeira a oferecer os serviços de “encapsulamento” na Europa. Apesar do mundo ocidental descartar a placenta como algo grotesco, empresas de cosméticos têm feito pesquisas e estão ansiosas para aproveitar os nutrientes do órgão em cremes e há relatos de que vários jogadores de futebol já usaram placenta de cavalo para ajudar a curar ferimentos.